Os escravos e a proclamação da República em Canguaretama
Esse evento serviu de inspiração
para a proclamação da República, que foi comemorada em uma solenidade ocorrida
em 18 de novembro de 1889 no recinto da Câmara Municipal. A Comissão Proclamadora aproveitou o
momento para ler as mensagens enviadas pelo Governo
Provisório Central e pelo Governo Provisório
da Província.
O atraso de três dias nas
comemorações foi devido a lentidão nas comunicações da época. A notícia chegou
primeiro a Natal, no dia 17, em um telegrama enviado por Aristides Lobo. Mesmo
que Canguaretama tenha se configurado como um dos centros do republicanismo
potiguar, não havia uma tradição antimonárquica conhecida no município. Esse
foi um movimento iniciado na véspera do acontecimento, com a fundação do Clube
Republicano.
Fabrício Maranhão foi a figura
central do evento. Político experiente e poderoso desde a época monárquica, ele
usou os eventos da libertação dos escravos e da proclamação da República para
se projetar como líder local. O regime republicano se configurou não só como um
modelo político, mas também como um modelo social. Seus ideais eram confundidos
com o progresso que chegou pelo fortalecimento do capitalismo industrial.
Por
volta de 1930 a empresa de fornecimento de energia elétrica já pertencia a
Romualdo Francisco Ambrósio. Era um motor movido a diesel que fornecia
eletricidade para as casas e iluminava as ruas do centro da cidade. A camada
mais pobre não tinha o conforto da eletricidade em seus lares. A cidade recebia
eletricidade apenas nos horários entre 18 e 22 horas, as lâmpadas iluminavam
pouco e o preço era alto.
A
energia das hidrelétricas só chegou à Canguaretama em 27 de setembro de 1965,
através da COSERN. Com a popularização desse tipo de energia, quase todos os
lares do município estão eletrificados atualmente.
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