A LENDA DO CAJUEIRO DA VELHA
O impressionante é que ninguém nunca
identificou a velha, que só era
avistada de longe, sempre varrendo o local. Até os que não acreditavam em
assombrações não sabiam explicar como aquele terreno poderia permanecer sempre
limpo, pois o vento sozinho não seria suficiente para tal limpeza.
O Cajueiro da Velha também estava
associado à lenda da galinha e sua ninhada de pintinhos que ciscavam debaixo do
cajueiro. Essa galinha era evitada por quem passava sozinho por perto do local,
pois diziam que ele atacava com bicadas os desavisados.
O
cajueiro é uma planta típica do Nordeste. Crônicas
dos primeiros colonizadores da costa brasileira contam que, na época da
frutificação dos cajueiros, nações indígenas do interior vinham ao litoral,
território do povo tupi, e travavam guerras pela colheita dos frutos: eram as
"guerras do acayu".
Na natureza existem dois tipos: o comum (ou gigante) e o anão. O tipo
comum pode atingir entre 5 e 12 metros de altura, mas em condições muito
propícias pode chegar a 20 metros. O tipo anão possui altura média de 4 metros.
Seu fruto, a castanha de caju,
tem a forma curiosa do rim
humano; a amêndoa contida em seu interior, quando seca e torrada, é muito
apreciada.
Prologando-se ao fruto, existe um pedúnculo macio, comestível, de cores que vão
do amarelo ao avermelho e que é geralmente confundido como fruto. Além do
fruto, a casca da árvore é também utilizada como adstringente e tônico. Sua
madeira, durável e de coloração rosada é também apreciada.
Durante o domínio holandês no Nordeste do Brasil,
diversos autores ressaltaram o valor da fruta do cajueiro, especialmente suas
virtudes terapêuticas. Maurício de Nassau chegou a baixar uma
resolução que fixava a multa de cem florins por
cajueiro derrubado, "visto que o seu fruto é um importante sustento dos
índios".
Os portugueses
levaram o cajueiro para a Índia, entre 1563 e 1578, onde ela se adaptou
extremamente bem. Depois da Índia foi introduzida no sudeste asiático, chegando
à África durante a segunda metade do século XVI.
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