A LENDA DA CORUJA DA IGREJA MATRIZ DE CANGUARETAMA
Um das lendas mais intrigantes e que envolve o centro da cidade como cenário é a da Coruja da Igreja Matriz. Essa misteriosa coruja rasga o céu noturno do centro da cidade, nas proximidades da Praça Augusto Severo, às vistas de todos e se encanta durante o dia dentro da igreja.
Também conhecida
como Rasga Mortalha, a coruja
reaparece e desaparece aleatoriamente e muitos acham que seu canto é de mau
agouro, sendo sinal de morte. O próprio apelido, Rasga Mortalha, expressar o temor popular dos que escutam. O som do
seu canto seria uma onomatopéia da tesoura ao cortar o tecido que serviria de
vestimenta fúnebre, a mortalha.
Quando ela passa em seu voo e canta sobre uma casa seria o sinal de que alguém
morreria em breve alí.
Para se defender
do mau agouro, as pessoas repetem fómulas mágicas expressas em gestos, como a
figa, ou em frases, como “viva os noivos”, que são ditas quando a coruja passa voando.
Há uma lenda que conta a história
da filha de um feiticeiro que era paga para chorar em velórios e cemitérios.
Esta mulher muito inteligente e culta recebeu o apelido de Coruja Branca na aldeia onde morava. Assassinada misteriosamente,
seu pai, através das cartas de tarô, descobriu que a mandante do crime era a
condessa da aldeia, que não queria o romance da moça com seu filho.
Então, em um ritual mágico, ele
colocou o espírito da filha dentro da estátua de uma coruja que havia no túmulo
e a enviou até o castelo onde dormia a Condessa. No castelo ela piou um canto
estranho, como se alguém estivesse rasgando uma roupa de seda. No dia seguinte
descobriram que a condessa estava morta e que todas as suas roupas de seda
estavam rasgadas.
A partir daí, sempre que alguém
estava prestes a falecer, a coruja branca pousava na casa da vítima e fazia aquele
som estranho. Por causa destas histórias, o animal recebeu o apelido de Rasga Mortalha. Assim, diz a lenda, que
se a Rasga Mortalha pousar no telhado
de uma casa e piar um som semelhante ao de um rasgo de seda é sinal de alguém
naquela residência falecerá muito em breve.
A rasga-mortalha é a mesma coruja-das-torres, coruja-da-igreja
ou coruja-branca, uma espécie que pertence a família dos titonídeos. É
uma das aves com maior distribuição no planeta. A espécie está associada a
lugares abertos, como pastagens e terrenos agrícolas ou semi-abertos. Habita em
cavernas e prédios, onde faz seus ninhos, evitando as florestas.
Medem
entre 25 e 45 centímetros de comprimento e com uma envergadura de 75 a 110
centímetros. As fêmeas são geralmente maiores que os machos e possui coloração
castanho-claro com manchas pretas nas costas e parte de trás da cabeça. Toda
parte inferior do corpo são de cor branca. A plumagem é suave e densa.
Tem excelente visão noturna, cem vezes melhor que a
dos homens. É uma ave naturalmente noturna.
Permanecem durante o dia em fendas em árvores, cavidades de rochedos, forros ou
sótão de casas, torres de igreja etc. A sua vocalização é um grito rouco, que
se assemelha ao ruído de tecido sendo rasgado. É comum que nunca bebam água,
retirando todo o líquido de que necessitam da carne que consomem.
Quando acasalam, tornam-se parceiros para a vida toda
e se reproduzem pelo menos uma vez ao ano em qualquer época. O par usa como
ninho geralmente os mesmos locais que já usavam anteriormente.
Amei o esclarecimento.
ResponderExcluirNão só essa como outras estórias enclusive tinha a estória do cachorro que passava depois da meia noite carregando uma corrente no pescoço fazendo um grande barulho
ResponderExcluirTinha também a missa da meia noite nessa época canguaretama não tinha luz elétrica tinha um gerador que ficava ligado até meia noite depois ele era desligado aí sim passavaa procissão das almas penada
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