A LENDA DO CAVALO MORTO
O Cavalo
Morto é um lugar dentro do manguezal de canguaretama. Ali teria morrido um cavalo, ficando seus
ossos expostos por muito tempo, o que lhe serviu de denominação. Assim, logo
apareceram narrativas sobre o trotar do equino que assombravam a população.
Essa
narrativa seria uma variação das lendas da Besta-Fera, da Burra de Padre ou da Mula
sem Cabeça. Assim como nestas, o barulho dos seus cascos correndo é motivo mais
que suficiente para as pessoas se assustarem.
O povo teme,
pois sabe que, semelhante à Mula sem Cabeça, o bicho aparesse em galope
desvairado, pisoteando tudo o que encontra pela frente com seus cascos.
Costumeiramente aparece durante a noite, especialmente da quinta para a
sexta-feira, ainda mais se for noite-de-lua-cheia. Ninguém a vê, só se ouve o
seu tropel.
O Cavalo
Morto não é exatamente a Mula sem Cabeça, mas uma variante. Não há a personagem
da mulher que se entrega ao padre no pecado da luxúria. O que há é apenas o
cavalo e o som de seu galope.
Não há o costume de
esconder as unhas para não atrair a sua ira, nem de retirar-lhe o freio de
ferro da boca para quebrar o encanto. Narrativas semelhantes ocorrem em toda a
América, por isso se acredita que tenha origem ibérica. No México é chamada malora, na Argentina é a mula anima, também é chamada alma mula, mula sin cabeza, mujer
mula e mala mula em
outros lugares.
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