O Forte da Barra do Rio Cunhaú


Muitos europeus, especialmente os franceses, estiveram pelo território de Canguaretama, mais precisamente no litoral entre Barra do Cunhaú e Baía Formosa. Eles comercializaram madeiras e peles com os nativos locais. Para isso, tentavam manter um bom relacionamento com os indígenas da região.
Por volta 1550 alguns marinheiros da cidade de Dunquerque encalharam na foz do rio Cunhaú. À espera de resgate, construíram um abrigo com pedras que encontraram nas proximidades. Essa construção se transformou no Forte da Barra, que foi a primeira obra arquitetônica dos europeus em solo potiguar.
Aproveitado por portugueses e holandeses, esse reduto militar possuía forma quadrangular e dupla, com muralhas que chegavam a três metros de altura e ficava numa encosta. No local havia dez canhões e dois arcabuzes de forquilha que ficavam num fosso circundado de paliçada e serviu de defesa para o engenho Cunhaú, a dezoito quilômetros de distância.
Durante a invasão holandesa, o forte foi atacado duas vezes, em 1634. A primeira tentativa em abril e a segunda, que ocasionou sua tomada, em outubro. Depois de muita luta, os holandeses saquearam o local, mas a embarcação naufragou na saída da barra.
O tempo quase apagou os vestígios do Forte da Barra. Ficava à margem esquerda da embocadura do rio Cunhaú, próximo a uma falésia, possivelmente onde foi construída a casa de veraneio de Geraldo Villarim.

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