João Lobato

Pouco sabemos sobre esse poeta de Canguaretama que escreveu o seguinte poema:

MINHA MÃE
Poema de João Lobato

Noite de maio... noite de agonia
Sumida entre lençois, agonizante.
Meiga e tranquila, minha mãe morria
Pedindo paz no derradeiro instante

A sombra da saudade cruciante
Seu lindo olhar de mãe desfalecida...
Na excelsa palidez do seu semblante
A nuvem negra da melancolia! ...

Por entre círios lúgubres chorando
Num ataúde de sentir aberto
Parecia tão linda está sonhando!

E a um lado estava cheio de piedade
Meu coração de lamparina coberto
 Morto também no esquife da saudade

Canguaretama, 7 de maio de 1948

Colaboração de Paulírio Martins de Castro através de uma cópia de Dagoberto Pinheiro da Câmara.

Se você tem alguma informação sobre João Lobato, nos informe, colabore no resgate de sua obra!

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